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Todas nós, mulheres, temos um lado surtada de ser. Tem dias que viramos matadoras em série (só no pensamento, ok?!) e tem dias que resolvemos ser flores, borboletas e princesas. Nos dias de TPM somos todas uma savana: de leoas agressivas a cervos delicados e carentes. Clarissa e sua obra de arte feminina passeiam com graça e inteligência sobre esse mundo pouco explorado. Com palavras divertidas e cheias de segundas, terceiras e quartas interpretações, somos levadas a um mundo cheio de coerência e completamente maluco. Clarissa pega a mente da mulher brasileira, espreme nas páginas do livro e traduz o que nós, mortais, não entendemos de nós mesmas, acompanhada de uma ironia ímpar! Minha admiração pela crônica da escritora começa pelo título e não acaba. Só aumenta conforme vou virando as páginas de Um pouco além do resto. A capa tão perfeita e atrativa como o resto do livro faz com que o compremos pelo pré-julgamento. Ao terminar todos os pequenos contos, me sinto menos doida varrida e mando umbeijocomamorBruna para todos os imbecis que me julgaram durante a minha tensão pré menstrual abençoada e para todos que me julgaram quando me senti insegura e fui ciumenta. Eu sou NORMAL. Sou mulher e tenho um livro que me descreve! Clarissa me entende, então tudo está certo. Me sinto na obrigação de agradecê-la por ensinar a todas nós que é normal querer se enfiar debaixo do cobertor e assistir aos filmes mais depressivos do Netflix ou querer sair só pra levar cantada dos pedreiros na rua. E daí? E daí se posso ser delicada e amorosa e, no nanosegundo seguinte, te achar entediante e sem graça? Meninos, me desculpem a franqueza, mas mulheres são assim! Doidas e santas! Clarissa sabia do que estava falando quando escreveu, ou não sabia nada e acertou na escolha das palavras certas. Se um médico pudesse prescrever um livro como remédio, teríamos: “Olá, senhora. Você sofre de rompimento crônico de namoro. Tome Um pouco além do resto em doses cavalares e volte, caso precise de mais Clarissa para se curar.”. E é assim que as coisas são. Muitas vezes as resolvemos com a leitura de um livro genial.
Por Bruna Gomes