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©Reprodução/REUTERS/Osman Orsal |
Estão vendo essa foto? Aconteceu lá na Turquia… Pensou que esse país só aparecia em novela da Globo?
ERRADO!
Essa mulher, corajosa na minha opinião, encarou a agressividade policial com muita bravura. Não revidou, não se fez de vítima. Só ficou lá parada, esperando a agressão acabar. Ela, como muitos de nós, queria protestar. Protestar por um motivo muito nobre: a construção de um shopping center no lugar de um parque. Depois que o caso aconteceu, a mulher do vestido vermelho virou símbolo de firmeza e símbolo do protesto. No entanto, o movimento tornou-se uma grande confusão, pois o autoritarismo e a agressividade policial deram o sinal verde para que os manifestantes perdessem o pacifismo.
Aqui no Brasil a história não é diferente. Jovens foram às ruas para protestar o valor da passagem de ônibus. Eu não sei quem perdeu a cabeça antes. Se foi a polícia, ou se foram os jovens. Eu não estava lá para dizer ao certo. O caso é o seguinte: falam e falam da juventude, que ela não age, que ela não protesta. Falam e falam dos policiais, que eles estão lá para nos proteger e, muitas vezes, não fazem isso. E agora? Estamos pisando numa linha fina e qualquer deslize significa uma explosão. Os dois lados querem trabalhar. Um para o governo e outro para uma realidade mais justa. Quem é que tá certo? Qual é o limite para os dois lados?? Como é que devemos manifestar de maneira pacífica e ainda conseguir alcançar nossos direitos? Deve haver um caminho, mas precisamos usar a cabeça e não a força de nossos braços! Já derrubamos governantes, corruptos, autoritários, por todo o mundo! Deve existir um meio. Não devemos nos contentar com o mais simples. Enquanto, aos trancos e barrancos, tentamos nos acertar, que a gente tome de exemplo os movimentos que deram certo em outros lugares do mundo.
Só não podemos ficar parados.
Essa é a capa da Folha de S. Paulo que peguei no blog www.viomundo.com.br. Ela mostra a visão do jornal perante os dois assuntos. Por que, ao invés de classificar as pessoas entre vândalos e manifestantes, não analisamos cada caso em seu contexto histórico, político e econômico? No fim do dia, por trás dos uniformes, não somos todos seres humanos que cometem erros?
Só precisamos refletir um pouco…